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VeloeGo 05092024

Vendas de veículos leves fecham primeiro semestre com aumento significativo de 15,4%

As vendas internas são o indicador mais positivo do setor automotivo até agora. Este foi o melhor junho desde 2019 em emplacamentos e teve a maior média diária deste ano, com 10.715 unidades, volume bem próximo ao que se verificava antes da pandemia, segundo balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).


Vendas de veículos leves fecham primeiro semestre com aumento significativo de 154

No acumulado do primeiro semestre, foram emplacados 1,14 milhão de veículos, uma significativa elevação de 14,4% sobre o primeiro semestre de 2023.

Considerando apenas os veículos leves, no primeiro semestre foram licenciadas 1,07 milhão de unidades, aumento de 15,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram 849,0 mil automóveis, acréscimo de 15,7%, e 229,3 mil comerciais leves, elevação de 14,1%.

Esse bom ritmo fez a Anfavea rever para cima as projeções de vendas no ano, de 6,1% para 10,9%, para um volume de 2,56 milhões de veículos.

A questão é que boa parte desse crescimento vem sendo absorvida por veículos importados, em especial da China.

No primeiro semestre o Brasil teve quase 200 mil emplacamentos de modelos importados, 38% a mais do que no mesmo período do ano passado. Dessas 54,1 mil unidades a mais, os veículos de origem chinesa representaram 78% do total, com alta de 449% sobre o primeiro semestre de 2023.

“Temos o Imposto de Importação mais baixo para modelos elétricos de origem chinesa no planeta, entre os países produtores, o que serve de atrativo para a importação acima de um saudável patamar de equilíbrio” avaliou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

“Isso vem prejudicando nossa produção e ameaçando nossos investimentos e empregos. Por isso a demanda urgente da elevação do Imposto de Importação para 35%, como ocorre com outros importados. Esse seria um patamar relativamente baixo frente ao de outros mercados importantes.”

Queda na produção

Encerrada a primeira metade do ano, a Anfavea decidiu rever suas projeções para 2024, feitas no final do ano passado. A maior revisão foi nas exportações, que tinham expectativa de alta de 0,7%, mas agora têm projeção de recuo de 20,8%.

Essa queda considerável nas exportações, somada à alta desenfreada nas importações, faz com que a produção deixe de crescer no mesmo ritmo do mercado interno. Assim, o crescimento da produção foi revisto para baixo, de 6,1% para 4,9%.

A produção acumulada no primeiro semestre foi de 1,138 milhão de unidades, volume apenas 0,5% superior ao do ano passado.

Entre os veículos leves, a produção caiu 1,5%, fechando o semestre com 1,05 milhão de unidades fabricadas. Foram produzidos 854,5 mil automóveis, redução de 2%, e 204,2 mil comerciais leves, pequeno aumento de 0,4%.

“Se os emplacamentos de importados e as exportações do primeiro semestre de 2024 tivessem sido iguais aos volumes registrados no mesmo período de 2023, o aumento da produção seria de 11%, o que dá uma dimensão do desafio que precisamos enfrentar”, afirmou Lima Leite.

 

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