O ritmo de crescimento da produção foi interrompido em maio pelos reflexos das enchentes no Rio Grande do Sul. Fábricas pararam ou tiveram seu ritmo reduzido não só no Estado, mas também em outras regiões do País, dada a importância estratégica de vários fornecedores gaúchos.
De acordo com levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em maio, a produção de veículos fechou em 166,7 mil unidades, queda de 24,9% na comparação com abril.
No acumulado de janeiro a maio, foram produzidos 862,6 mil veículos leves, retração de 3,6% se comparado ao mesmo período do ano passado.
Segundo a entidade, as greves de algumas fábricas e a operação-padrão de servidores do Ibama e do Ministério de Agricultura e Pecuária, responsáveis por liberações ambientais de veículos e contêineres de componentes, também tiveram efeito negativo sobre a produção.
Vendas
Embora os números absolutos de emplacamentos tenham apresentado retração em relação a abril, este foi o melhor maio em média diária de vendas desde 2019, com 9.250 unidades emplacadas por dia – isso apesar da queda de 64% no Rio Grande do Sul, que representa 5% do mercado nacional, e do feriado prolongado nos últimos dias do mês.
As vendas totais foram de 194,3 mil unidades, 12% a menos que abril, mas 10% a mais que maio de 2023. No acumulado do ano, já são 930 mil unidades emplacadas, 15% a mais que nos primeiros cinco meses de 2023.
Considerando apenas veículos leves, no acumulado do ano foram licenciadas 875,7 mil unidades, aumento de 16% em relação aos primeiros cinco meses de 2023. Foram vendidos 685,2 mil automóveis e 190,5 mil comerciais leves de janeiro e maio deste ano.
Importações
O crescimento das importações continua sendo um ponto de atenção para o setor automotivo brasileiro, segundo a Anfavea. O volume de emplacamentos de veículos vindos de outros países já chegou a 160 mil unidades de janeiro a maio, 44 mil a mais do que no mesmo período de 2023, alta de 38%.
Os modelos elétricos e híbridos de origem chinesa, ainda usufruindo de um Imposto de Importação abaixo da média de outros veículos, representaram 82% desse crescimento das importações no ano.