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Manutenção: prevenir nunca foi tão estratégico
Embora ainda existam empresas que operam no modelo corretivo, adotar uma cultura preventiva é, antes de tudo, um sinal de liderança estratégica e madura

Tenho observado como a manutenção preventiva ainda é tratada como um simples item de checklist operacional, quando, na verdade, ela deveria estar no centro das decisões estratégicas de qualquer frota eficiente.
Os dados não deixam margem para interpretações subjetivas: 30% dos acidentes nas estradas brasileiras são causados por falhas mecânicas, segundo estudo do Instituto Scaringella Trânsito. Não estamos falando somente do prejuízo de veículos quebrados e parados, mas as mortes que poderiam ser evitadas com uma gestão mais inteligente e orientada por dados. A prevenção não pode ser um item secundário nas prioridades.
O Maio Amarelo, mês de conscientização pela segurança no trânsito, nos lembra, ano após ano, que a preservação da vida começa muito antes do veículo rodar – começa na análise de indicadores que estão na cultura da prevenção. E ainda chamo a atenção para outro dado, agora vindo da ONU: a cada 24 segundos, uma pessoa morre no trânsito no mundo.
Muitas empresas ainda operam no modelo corretivo: intervêm quando o problema já está instalado, o veículo parado e o prejuízo em curso. Essa lógica é mais cara para a operação. Afinal, estudos da Edenred Mobilidade mostram que R$ 3,00 são economizados a cada R$ 1,00 investido. Ainda devem entrar na conta os impactos sobre a produtividade da frota em movimento, os prazos da operação e a reputação da empresa.

Cultura preventiva
Adotar uma cultura preventiva é, antes de tudo, um ato de liderança madura. É transformar dados técnicos em decisões que protegem ativos, margens e pessoas. Com base em nossa experiência na Edenred, as operações que utilizam políticas preventivas, apresentam ganhos consistentes: aumento de 20% na vida útil da frota, redução de 30% nos custos com reparos e elevação de 20% na disponibilidade operacional. Esses números não são promessas – são a realidade de quem adotou uma abordagem orientada por indicadores.
Em exemplos práticos que mapeamos, uma locadora com 6 mil veículos que teve 37% de adesão aos alertas de manutenção preventiva garantiu uma redução de 28% no custo médio por veículo. Já em uma empresa de distribuição com 2.700 veículos, o reflexo foi a diminuição em 13% das paradas não programadas. Isso significa menos interrupções, menos reboques, menos clientes insatisfeitos e, claro, menos risco para os motoristas. O custo da prevenção é sempre inferior ao da correção. Sempre.
"Como gestores, temos a responsabilidade de promover um novo olhar sobre a manutenção preventiva"
A tecnologia aplicada nesse processo está cada vez mais desenvolvida. Os recursos estão disponíveis, os dados são acessíveis e os sistemas estão cada vez mais inteligentes. O que ainda não aconteceu, em muitos casos, é a decisão.
Como gestores, temos a responsabilidade de promover um novo olhar sobre a manutenção preventiva. Em um momento em que eficiência e responsabilidade andam juntas, prevenir nunca foi tão estratégico e urgente.
Comece agora a construir uma gestão baseada em dados, indicadores e decisões assertivas. Na Edenred, temos ajudado líderes de frotas a migrar da reação para a prevenção com resultados comprovados.
É aquele velho ditado que nunca sai de moda: é melhor prevenir do que remediar.

Bruna Hoffmann
Diretora de Operações da Edenred Ticket Log



