O segundo semestre começou com números animadores para a indústria automotiva, de acordo com o balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Impulsionada pela alta nas vendas e nas exportações, e com três dias úteis a mais, a produção de 247 mil unidades em julho é a melhor desde outubro de 2019.
Com isso, a produção acumulada do ano foi a 1.385 mil unidades, superando em 5,3% os primeiros sete meses de 2023.
Considerando apenas veículos leves, de janeiro a julho foram produzidos 1,21 milhão de unidades, 3,3% a mais que o mesmo período do ano passado. Foram fabricados 1,03 milhão de automóveis, aumento de 2,4%, e 253,8 mil comerciais leves, elevação de 7,6% sobre os primeiros sete meses de 2023.
O impulso principal veio de um período de aquecimento do mercado interno que já se prolonga desde abril, e que teve em julho o melhor mês do ano, com 242 mil veículos emplacados.
“Foi um volume tão relevante que superou até o mês de julho do ano passado, que havia sido fortemente impulsionado pela MP 1.175 do governo federal, aquela que oferecia descontos para a compra de carros zero quilômetro”, comemorou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
A média diária de vendas de 10,5 mil unidades foi bem próxima à de 10,7 mil em junho, mas os três dias úteis a mais fizeram com que o volume total de emplacamentos fosse 12,6% superior ao mês anterior e 7% maior do que julho de 2023.
Somente as vendas de veículos leves cresceram 13,5% nos sete primeiros meses do ano. Foram comercializados 1,02 milhão de automóveis, acréscimo de 12,8%, e 278,7 mil comerciais leves, 16,2% a mais que no mesmo período de 2023.
Ainda segundo a Anfavea, foi um mês em que todos os segmentos e modalidades de vendas melhoraram, mas em especial o varejo subiu mais que as vendas diretas, as compras financiadas aumentaram e os modelos nacionais cresceram mais que os importados.